Eu me considero um cara equilibrado. Frio, até, para várias coisas. Não sou de me emocionar quase, e considero isso um defeito. Mas, cá estou com lágrimas nos olhos. E por causa de um sorvete. Não, não é ruim. Longe disso. Estou num curso em Recife e, num intervalo, vim tomar um sorvete em frente à igreja da Boa Viagem. Me devo com sorvete de tapioca, coco verde, queijo do reino, tamarindo e cupuaçu. Todos deliciosos. Mas o de cupuacu me pegou. Lá no Rio o cupuaçu costuma ser adoçado. O sorvete mesmo costuma ser o de creme de cupuaçu. Esse não. Esse é da fruta. Perfeito. Esse sabor azedo e agridoce me levou aos anos 80 e 90, diretamente pra Manaus. Me levou pra Glacial da Presidente Getúlio Vargas e, principalmente pra um certo quintal na 24 de Maio, com tios e primos, muitos que infelizmente já se foram. Um sorvete. Décadas de memórias.
Na vastidão do porto espacial de Stone Cove River, entre o brilho frio das estrelas e o zumbido incessante das naves, desenrolava-se um drama digno dos tempos antigos, uma peça sombria de amor e traição. Ali, no coração de um futuro distópico, três vidas entrelaçavam-se em um balé de desejos e ciúmes, mais intensos que qualquer nebulosa. Landan, um homem de 1,70m, porte mediano e olhos cansados, estava preso em um casamento desgastado. Ele, que tantas vezes cruzara a escuridão do cosmos, agora se via navegando as águas turbulentas da paixão proibida. Sua amante, Breaenna, uma mulher de beleza ímpar, movia-se pelo porto com a graça de uma estrela dançante. Casada com um líder religioso, que além de fervoroso era o temido comandante de uma gangue de mercenários, ela encontrava em Landan uma fuga, uma chama que aquecia suas noites frias. Mas o desejo é uma fera indomável, e naquela selva de aço e vazio, surgia Cedrix. Solteiro, 1,96m de altura, músculos talhados pelo esforço e a solidão d