Pular para o conteúdo principal

Cheio de KI Blog


Você pode até não saber aquelas fórmulas e cálculos da aula de física, mas sabe mais ou menos como o trem funciona, ou porque algo queima, né não?

Pois é, energia.

Então, por que raios mistificar a palavra japonesa “Ki” ou a chinesa "Chi"? Pois é basicamente o que ela significa.

Nós  costumamos ter certa dificuldade pra entender termos japoneses (orientais em geral na verdade) e, a maneira japonesa de se expressar acaba dificultando o nosso entendimento também. No caso do “Ki”, levamos o troço pra um nível esotérico, místico e imaginamos ser uma energia interna que nos faz soltar Hadoukens, ou algo como a Força em “Star Wars". Ou algo que o Tio Iroh nos explicaria tomando um chá de jasmim.

Por exemplo: 磁気 (jiki) , nos remete ao magnetismo. 電気 (denki), nada mais é que a nossa boa e velha eletricidade.  Também pode ser utilizado como um cumprimento, do tipo : おげんきですか? (Ogenki desuka?), traduzido como “Você está bem?”, mas que literalmente é algo como “Sua energia está equilibrada?”.

“Ah, olha aí dizendo que a energia está equilibrada! Certeza que tem algo a ver com a força mística que todos nós temos!!!”

Isso se você ignorar completamente o que são expressões idiomáticas e o que raios significa o kanji KI.
Aprendi isso no terceiro período do curso de Japonês. É, é engraçado mas faz sentido. Forçando muito a barra,esse kanji é um desenho de arroz em uma panela liberando vapor. Ou seja, ENERGIA, no caso, termal. Pensando um pouco mais abertamente, a energia liberada pelo alimento dentro do corpo, por exemplo. Ou seja, nada de místico, esotérico ou afins. Pode até ter havido no passado essa conotação, afinal, não se conhecia o conceito de energia. Até aí, nós ocidentais tínhamos a Teoria Humoral.
Como eu disse antes, nós ocidentais temos essa mania de mistificar termos orientais. Por exemplo, racha-se a cabeça pra entender o que é deai, maai e aiki. Parece coisa que só alguém como o Pai Mei entenderia. No fim das contas são, respectivamente, timming, noção de distância e momentum. O tal do Aikido pra mim ficou muito mais simples depois que entendi que tudo era uma questão de força centrífuga, centrípeta, momentum, timming, deslocamento de massa... Noções básicas de Física.

Ki/Energy techs - Superkinetics : powered by Doodlekit


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Religioso Blog

Está tomando força aqui no Rio um movimento contra a intolerância religiosa, visto que casos de ignorantes que depredam imagens sacras tanto de igrejas católicas quanto de centros espíritas está aumentando de forma preocupante. Em sua grande maioria são evangélicos que não entendem nada da própria religião que costumam chutar imagens de santos na tv, que dizem que Orixás são manifestações do demônio, que são mais judeus que os judeus (sabe-se lá pq um povo agora cisma de querer falar termos em hebraico) e por aí vai. Não que católicos, espíritas e afins não façam isso, mas pelo menos não veiculam programas em rede nacional fazendo essas burradas. Voltando ao assunto, criou-se um Disque (odeio essa palavra, um dia explico pq) Denúncia contra a intolerância religiosa, e vereadores cariocas estudam medidas para diminuir essa estupidez. Tudo isso é louvável, mas vieram cá em minha mente ociosa duas situações que podem ser um tiro no pé desse movimento 1ª situação: Ateus. A pessoa tem todo

Olhos de lobo

Meus olhos dourados de lobo podem ver Tudo que você esconde de mim. Nenhum segredo está a salvo Por direito eu declaro. Quando a vejo como minha presa Lhe asseguro que não existe maneira de escapar de mim. Morte é seu destino. Nunca me desafie, a não ser que queira morrer Uma precoce, e muito dolorosa morte; Jamais confie no suave suspiro do vento Pois é com ele que seu odor me é legado. Quando ouvir o uivo do lobo, então é hora de se esconder. pois mesmo que consiga ocultar o medo Meus olhos dourados de lobo podem ver seu coração

Marcial de Contato Blog

No final dos anos 90 eu estava cursando japonês aos sábados, e no caminho do metrô pra casa, havia uma academia de Kung Fu.  Resolvi ver os horários e tinha uma aula no sábado à tarde que se encaixava com os horários do curso. Fui fazer uma aula experimental.  Conversei com o professor, expliquei que era faixa marrom de karate e que queria treinar algo aos diferente. Ele explicou que o sistema se chamava Dragão do Poço (que eu nunca tinha ouvido falar mas, ei, eram os anos 90, muitos sistemas não eram tão conhecidos e internet ainda engatinhava. Na época tínhamos mais acessos aos sistemas por revistas, conhecidos...Ou uma livreira lendária indicando livros na finada Da Vinci). Estranhei o nome, mas lá fui eu.  Na aula experimental o professor me colocou pra fazer combate com os alunos e eu,  que sempre fui no máximo mediano, estava ganhando todos. Ele ficou puto e botou um cara lá que, segundo ele, era campeão de sei lá o que. Eu já tinha desistido de treinar lá só pelo fato do cara te