Quero morrer. Não literalmente. Essa eu aguardo sem muita pressa, mas já sabendo que é inevitável. É mais uma espécie de "morte figurada", por assim dizer. Aos poucos eu venho matando o Alexandre que foi construído ao longo dos anos e que meio que estacionou. Esse Alexandre já não tem mais muito espaço, esse Alexandre só faz merda e só se afunda. Esse Alexandre trocou sonhos por segurança. Não que segurança seja ruim, pelo contrário, mas esse Alexandre se acomodou. Muito. Esse Alexandre virou uma pífia sombra daquele Alexandre cheio de sonhos, esperanças e "sangue nos olhos". Sei que aquele Alexandre não volta, ou pode voltar cheio de cicatrizes, mas ESSE Alexandre de hoje em dia precisa morrer.