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Mostrando postagens de setembro, 2017

Antifutebolístico blog

"O futebol deve ser o esporte mais invejoso que existe. Eu lembro que nas chaves de campeonatos de luta, quando você perde pra um cara, você torce para q ue ele venha a ser campeão, porque ao menos você pode dizer "perdi pro cara que foi campeão", ou seja, você perdeu pro melhor cara da chave. Em futebol é o contrário, o que vale é o rancor."  - Gustavo Lima Não é segredo pra ninguém que desprezo o futebol. O esporte em si acho chato e ver jogadores fingindo lesão me soa escroto ao extremo. Só que a maior parte do meu desprezo vem justamente dos torcedores.  Tudo começou nos anos 80, quando eu era um mero moleque catarrento. Um tio e um primo, vascaínos (e definitivamente meu desprezo pelo Vasco é maior do que pelos outros times) agiam como completos imbecis quando o timeco ganhava. Mas desapareciam quando perdia. Isso me parecia tão retardado que surgiu em mim um sentimento de "não quero ser assim", e fui desenvolvendo um completo asco por

Rockinriozístico Blog, parte 2.

 Dessa vez fui ao Rock in Rio num dia que tinha mais a ver comigo e, ao chegar, vi que não é bem assim. Desde sempre, show de rock pra mim é com aquela galera que CURTE as bandas que vão tocar, mas muita gente só estava lá because Rock in Rio. Só, apenas. Sério, é um porre ficar desviando de milhares de fotos de grupos, de selfies e poses idiotas. Provavelmente estou mais velho do que minha idade cronológica. Mas curiosamente duas meninas tentaram me beijar. Sei lá o que estava havendo, mas pra muita gente tinha um clima de micareta. Vejamos então minhas impressões: - Inúmeros cosplayers. Sério, pra que esta merda??? - Gente revirando lixo atrás de copos. Não entendi bem a razão, mas tinha gente colecionando copos. Acho. E nem eram copos fodões, eram copos descartáveis com o símbolo da Heinenken. - Estava mais cheio que o da semana passada. Meia hora pra andar uns 100 metros. - Dr. Pheabes & Supla: Nada contra a banda paulistana. Nem nada a favor. Mas Supla? Mano, Supla é

Rockinriozístico Blog, parte 1

 Ontem fui novamente ao Rock in Rio. Falem o que quiser, mas eu gosto desse programa de índio. E dessa vez o transporte foi até bem facilitado (NADA que se compare ao de 2001, com seus ônibus saindo de inúmeras partes da cidade, incluindo Vigário Geral), não sendo um grande inferno como o de 2013. Basicamente descemos quase em frente à entrada, num terminal do BRT. Apesar da grande quantidade de pessoas, o fluxo seguia normal.  A entrada em si demorou, pois havia uma fila pra já garantir a passagem do BRT na volta, a fila da revista e a da bilheteria, mas não foi nenhum absurdo. Demorava mais desviar das inúmeras selfies sendo tiradas.  Havia, por alguma razão, uma área dedicada aos games e afins, com alguns cosplayers. E nunca escondi meu desprezo por esse tipo.  Havia muita gente com camiseta do Rock in Rio. No Rock in Rio. Fiquei imaginando que seria um tipo de abadá pra uma micareta.  Havia uma galera com roupa tipo de motoqueiro americano. Ou aquela galera parecendo punk

Poltergeist blog

 O simpático bairro da Liberdade era um gueto. Na II Guerra os imigrantes japoneses foram concentrados lá pelo governo, da mesma forma que os italianos foram concentrados no Bixiga, logo ao lado. O bairro se chama "Liberdade" pois antigamente era na praça onde se situa a estação do metrô onde se enforcavam os criminosos, inclusive aquela igreja sinistra na praça se chama Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados, um nome bem mimoso.   Certa vez um cidadão seria enforcado, a corda arrebentou mais de uma vez e a galera achou que fosse milagre. Começaram a berrar "Liberdade!". Não adiantou, o cara foi enforcado e enterrado ali no Cemitério dos Aflitos, de onde só sobrou a capela.  É, o bairro foi construído em cima de um cemitério. Singelo, não? Não que o centro do Rio seja menos bizarro. O Beco das Sardinhas, por exemplo, era um cemitério de indigentes. A própria Cinelândia está em cima de um, o cemitério do Convento da Ajuda.

Mendicante blog

No  final do século XI até o início do século XIII o mendigo tinha um papel curioso entre as sociedades cristãs na Europa ocidental. Ele era primordial para aquilo que os cristãos chamam de "Salvação do Rico". Justamente por isso, o mendigo costumava ser bem acolhido na sociedade medieval em boa parte da Europa. Toda comunidade, cidade ou mosteiro queria ter seus mendigos pois eles eram como um tipo de elo entre o Céu e a Terra. Eram basicamente instrumentos com os quais os ricos podiam expiar seus pecados através da caridade. Não é muito diferente daquela galera que paga de defensora dos fracos e oprimidos pra gerar likes no Youtube.