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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Os 47 ronin, parte 2: A hora da vingança.

Como dito no post anterior ,  o daimyo Asano Naganori se viu obrigado a realizar o seppuku por ter ferido um superior no palácio do Shogun. Tal notícia foi levada para Oishi Kuranosuke Yoshio, conselheiro de Asano, que assumiu o comando e levou a família Asano para longe, antes de cumprir as ordens do Shogunato e entregar o palácio e o feudo para agentes governamentais. Dos mais de 300 homens de  Asano, 45, junto com o líder Oishi, recusaram-se a permitir que o seu senhor não fosse vingado, embora o Shogunato houvesse proibido a vingança nesse caso. Sim, haviam casos em que a vingança era tolerada. Eles se uniram, fazendo um juramento secreto para vingar seu mestre matando o vacilão do Kira, mesmo sabendo que seriam punidos severamente por isso. Só que o Kira tava bem guardado, e sua residência tinha sido fortificada e a segurança reforçada pois todo mundo sabia que os samurai eram meio doidos. Os ronin perceberam que teriam que esperar a poeira baixar antes que pudessem ter uma p

Os 47 ronin, parte I: Asano Naganori

Não é novidade que sou fascinado pelo que diz respeito ao bushido e pelo tema vingança. Logo, não havia como eu não ser fã dessa história ocorrida no Japão feudal que atravessou séculos e é contada como exemplo de devoção até os dias de hoje. Sem mais delongas, a primeira parte: Em 28 de Setembro de 1667 nascia em Edo, atual Tóquio, Asano Naganori, cujo avô era um Daimyo, um senhor feudal, em Ako, um feudo de tamanho inferior. Pouco tempo depois, seu avô morreu e, raios, antes dos 9 anos de idade seu pai também veio a falecer, fazendo com que o guri viesse a se tornar um senhor de terras antes de sequer precisar se barbear. No ano de 1680, aos 13 anos, foi nomeado para o cargo de Chefe de Carpintaria na Corte Imperial, mas tal cargo só existia no papel. Era um cargo honorífico como vários outros, dados a samurai ou senhores feudais para garantir um bom relacionamento entre os feudos. Basicamente, era um aspone. Ou um assessor parlamentar. É, ele era um daimyo de um feudo