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Minoritário Blog

Existe no Brasil e no mundo uma imensa discussão sobre as adaptações que deveriam ser feitas na sociedade e em locais públicos para facilitar a vida de usuários e/ou contribuintes que pertencem às tão faladas minorias. Quem seriam os integrantes dessas minorias? No Brasil seriam os anões, obesos, deficientes físicos, negros ( minoria?), homossexuais, orientais, pessoas de baixa renda ( minoria??), etc... Bem, essas mudanças não necessariamente são feitas à favor das minorias, vide o caso dos fumantes que ficam cada vez mais relegados à um cantinho ( literalmente) nos shoppings, restaurantes e escritórios, mas o fato é que essas mudanças ocorrem e favorecem algum segmento da sociedade. Vejamos os exemplos:
- Cadeiras mais largas para os obesos
- Telefones mais baixos para os anões
- Semáforos sonoros para os cegos
- Cotas raciais para negros e pessoas de baixa renda
- Closed Caption para surdos
- Calçadas mais baixas e assentos sanitários adaptados aos deficientes físicos

Mas, existe uma minoria na sociedade que nunca é lembrada e, quando um de seus membros diz que a sociedade não é adaptada para eles, as pessoas dizem que eles não tem do que reclamar. Quem são os incompreendidos membros da sociedade que fazem parte desta minoria não reconhecida? São os altos. Sim, caros 4 leitores, eu faço parte desta minoria incompreendida por esta sociedade de baixa estatura. Todos desta sociedade baixinha acham que não temos problemas pelo fato de não precisarmos de escada para trocar uma lâmpada mas, por baixo desta alta estatura que possuímos, existem corações amargurados pelo descaso da sociedade verticalmente prejudicada. E quais os problemas que nós, altos, temos que passar no nosso cotidiano num mundo feito para atender as necessidades da sociedade pintora de rodapé? Veja abaixo como nós, altos, sofremos neste mundo nanico:
- Termos de, ou sentar no fundo da sala de aula, ou abaixar a cabeça pra que outros enxerguem o quadro negro.
- Colocar o banco do motorista todo para trás para podermos dirigir.
- Chuveiros baixos
- Encontrar calças adequadas
- Bater a cabeça no ferro do ônibus ou levar um tapa na cabeça quando algum baixinho vai segurar o ferro do ônibus
- Ter de pagar passagem de avião de classe executiva, no mínimo, se quiser chegar ao destino com seus joelhos intactos.
- Abaixar a cabeça no cinema pro nanico que está sentado no banco de trás possa assistir o filme.
- Dar cabeçada em ovos de Páscoa.
- Dormir com os pés pra fora da cama
- Se abaixar pra aparecer em foto junto com pigmeus.
- Aturar cidadãos de Lilliput dizendo que você deveria jogar basquete.
- Ir em feiras livres e perceber que as barracas são feitas pra que salva-vidas de aquário não batam com a cabeça.
- Toldos de lojas gerenciadas por guarda-costas de Playmobil.

Perceberam as dificuldades que nós, altos, passamos no nosso dia a dia? Não são poucas as provações que esta sociedade maquinista de Ferrorama nos impõe! Nós, altos, deveríamos fundar uma ONG em defesa dos nossos direitos, visto que pagamos tantos impostos quanto qualquer cidadão.
Vamos deixar a sociedade brasileira num nível mais alto!!!!

Comentários

  1. "Dar cabeçada em ovos de páscoa" foi ótima. E nem precisa ser tão alto assim.
    Você poderia criar uma ong chamada Pensando Alto.

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  2. Tenho cerca de 2 metros (não sei a medida certa...) em uma região de gente baixa. Sei bem o que é. Inclusive, não caber em ônibus públicos, não enxergar semáforos se não parar bem a frente deles e ser escolhido - ao invés de escolher - pelo calçado... (sabe aquilo da "varinha escolher o bruxo?"...)

    ResponderExcluir
  3. De vcs eu devo ser a mais baixa (174 cm, sem salto), mas não escapo de alguns transtornos não! Levo tapa na cabeça nos ônibus, em época de Páscoa sou "alugada" nos mercados como "pegadora" de ovos, sempre tive que ficar atrás nas fotos e nas salas de aula, e constantemente saio de uma viagem de ônibus com dor nos joelhos, pq ou espremo ele contra o bando da frente ou abro as pernas (não adequado para ladies [hahahaha] como eu). Quando criança, cerca de 20 anos atrás, meninas altas não eram comuns, quando vinham então os apelidos (Ó! Bullying) E as sugestões para que me tornasse modelo ou jogadora de basquete/vôlei. Humpf!

    Apóio a ONG!
    (E desabafei!!! rsrsrs)

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