Há uns tempos me sondaram pra dar uma aula de defesa pessoal feminina no meu local de trabalho. Declinei por motivos pessoais. Recentemente, me sentindo mais apto, me ofereci. Mas novamente precisei declinar, agora por ter pensado melhor no assunto.
Em primeiro lugar, não daria aula prática. Eu não acredito em técnica de seminário pra pessoas leigas em artes marciais. A pessoa não tem o conhecimento pra chegar a aplicar a técnica, pra evitar precisar usar uma técnica e não sabe sequer levar uma porrada. Sim, aprender a se defender inclui saber apanhar. Na verdade saber se defender, pra mim, tem mais a ver com evitar o problema, e foi justamente aí que me peguei pensando.
Alguns estudiosos da área acreditam, eu incluso, que a melhor forma de se defender da violência urbana é evitar parecer fraco ou evitar parecer lucrativo (em vários sentidos) pro agressor. Ou seja, pareça forte (não apenas seja), não ostente. E, o calcanhar de Aquiles num curso de defesa pessoal feminina: Evite lugares perigosos.
Putamerda! Recentemente fui num seminário sobre sistemas de controle de navios. O almirante que deu o curso falou que no porto de Santos um dos melhores operadores era uma menina que ficava meio insegura ao lidar com os tripulantes da embarcação. Pra quê? Foi o suficiente pra uma menina do curso encher o saco dizendo que aquilo era machismo. Que ele estava sendo preconceituoso com as mulheres. Já me peguei pensando na tal aula que eu daria. Preferi desistir.
Minha saúde mental agradece.

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