Pular para o conteúdo principal

Lendário Blog

Era uma vez um pequeno país formado por cidades independentes chamado Grécia. Todos viviam felizes com suas togas coloridas, vinho, orgias, escravos e tudo de bom que a vida pode oferecer. Daí, em certa ocasião lá pros idos de 492 antes de Gzuis, um persa chamado Dario I, pai de Xerxes I (é, esse mesmo que você está pensando), decidiu invadir este país e tocar o zaralho pra depois ter livre acesso pra Europa.
 Bom, na verdade todo lugar que ele invadia ele acabava fazendo com que se desenvolvesse mais ainda, mas isso é mero detalhe, o que interessa é que ele ia acabar com as orgias, e isso era inaceitável. Enfim, Dario chegou conquistando logo de cara a Trácia e tornando a Macedônia um tipo de capacho comercial deles e, no ano seguinte, mandou embaixadores para todas as cidades gregas exigindo submissão completa. Todas aceitaram, exceto Atenas e This is Spaaartaaaaaaa!, que executaram os tais embaixadores persas. Dario ficou puto! Começou uma mega operação pra invadir a porra toda. Quem esses caras vestidos com togas multicoloridas e que curtiam trepar com garotinhos achavam que eram?
 Primeiro ele começou invadindo as ilhas. Moleza! Depois partiu para a área continental, chegando em Maratona, na rota para Atenas. Daí rola a lenda que um tal Fidípides, um arauto de Maratona, que picou a mula e correu de Maratona até This is Spaartaaaaa pra pedir ajuda pros espartanos fodões. E depois correu de novo até Maratona mas, lá chegando, tropas atenienses que por lá se encontravam já haviam despachado os persas de volta pra Pérsia, onde se encontrava o Príncipe da Pérsia (citação obrigatória de um jogo clássico), Xerxes I.
Fidípides comemorou? Porra nenhuma! Correu novamente, dessa vez até Atenas, que ficava a 42 km de distância dali pra anunciar a vitória. Lá chegando, começou a berrar “Nenikékamen!” que queria dizer que eles venceram a contenda. Depois de anunciar a vitória, caiu mortinho da silva. Porra, em 2 dias ele tinha corrido mais de 200km, sem ser atleta. Nada mal pra um típico grego beberrão.
Alguns séculos depois criaram uma prova de corrida com exatos 42 km e deram seu nome de Maratona, em homenagem ao lendário Fidípides.

Enquanto isso isso, na Pérsia, Dario I estava puto. Muito puto! Começava a arquitetar uma nova invasão, em escala infinitamente maior. Mas morreu de velhice, tadinho, ficando incumbido dessa missão o seu filho Xerxes I, que não se parecia com a Vera Verão.

Mas isso eu conto mais tarde.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Olhos de lobo

Meus olhos dourados de lobo podem ver Tudo que você esconde de mim. Nenhum segredo está a salvo Por direito eu declaro. Quando a vejo como minha presa Lhe asseguro que não existe maneira de escapar de mim. Morte é seu destino. Nunca me desafie, a não ser que queira morrer Uma precoce, e muito dolorosa morte; Jamais confie no suave suspiro do vento Pois é com ele que seu odor me é legado. Quando ouvir o uivo do lobo, então é hora de se esconder. pois mesmo que consiga ocultar o medo Meus olhos dourados de lobo podem ver seu coração

Filosófico Blog

"Homens civilizados são mais descorteses do que os selvagens porque sabem que podem ser indelicados sem ter seus crânios rachados, como regra geral." - Conan, o Cimério É, faz sentido.

Cupuaçúlico blog

 Eu me considero um cara equilibrado. Frio, até,  para várias coisas.  Não sou de me emocionar quase, e considero isso um defeito.  Mas, cá estou com lágrimas nos olhos. E por causa de um sorvete.  Não,  não é ruim.  Longe disso.  Estou num curso em Recife e, num intervalo, vim tomar um sorvete em frente à igreja da Boa Viagem. Me devo com sorvete de tapioca, coco verde,  queijo do reino,  tamarindo e cupuaçu.  Todos deliciosos. Mas o de cupuacu me pegou. Lá no Rio o cupuaçu costuma ser adoçado. O sorvete mesmo costuma ser o de creme de cupuaçu.  Esse não.  Esse é da fruta. Perfeito.  Esse sabor azedo e agridoce me levou aos anos 80 e 90, diretamente pra Manaus. Me levou pra Glacial da Presidente Getúlio Vargas e, principalmente pra um certo quintal na 24 de Maio, com tios e primos,  muitos que infelizmente já se foram.  Um sorvete. Décadas de memórias.